quarta-feira, dezembro 10, 2014


20 anos sem Kurt Cobain
O Nirvana explodiu numa cena musical sem conceito, profundidade e sem substância. Um cenário repleto de jovens cansados do pop e do rock cheio de purpurina. Uma geração inteira foi seduzida por aquela sombria banda, cheia de rebeldia, ódio e revolta, que surgiu numa cidadezinha dos EUA.  Kurt Cobain se tornaria o ícone de uma geração de jovens descontentes e faria o rock ressurgir das cinzas. A chegada do Nirvana nos anos 90 foi um acontecimento revigorante para o rock mundial. Desde lá, me atrevo a dizer, não se viu algo tão imperativo, rejuvenescedor e impactante no cenário mundial. O Nirvana foi um fenômeno de sonoridade magistralmente diabólica (no bom sentido) e com uma energia frenética do grunge de Seattle. É lamentável que banda tenha deixado um trabalho tão pequeno diante de todo o dom musical que possuíam. Kurt era um artista singular, com talento maiúsculo. Nunca voltei a ver um vocalista que se transportasse, na mesma canção, de uma voz aveludada para uma rasgada com a harmonia e a afinação que personificavam a música. Um gênio. Como definiu Steven Tyler, Aerosmith: "As feridas de Kurt eram tão profundas que quando a música flutuava até a superfície depois de ter sido filtrada pela sua alma era algo incorpóreo".
         Em 2014 completou-se 20 anos da morte de Kurt. “Às vezes sou um niilista cretino, às vezes sou tão sarcástico, e outras vezes sou muito vulnerável e sincero. E basicamente é assim que minhas canções surgem. É um misto disso tudo”, disse o líder do Nirvana. O autor de Smells Like Teen Spirit', 'Come As You Are', 'Lithium', 'About A Girl', 'Heart Shaped Box', 'Polly' e tantas outras músicas de sucesso e que estão eternizadas na memória de nossos tímpanos, completaria, neste ano, 47 anos se estivesse vivo. Kurt e o Nirvana fizeram história na cena do rock global. Um estrondoso sucesso, impactando e revolucionando o cenário musical, que fez seu segundo álbum, Nevermind (25 milhões de cópias vendidas), de 1991, tirar até Michael Jackson, Madonna e Guns N’Roses dos altos postos da parada da Billboard. Mas para Kurt o que era cult tinha se tornado clichê. No dia 5 de abril de 1994, “o último grande ícone do rock de que se tem notícia”, que é como a Rolling Stone EUA definiu o vocalista do Nirvana, dava fim à própria vida com uma espingarda calibre 20.
         Aos 27 anos, com heroína e valium no sangue, Kurt abandonava, definitivamente, os palcos da vida e deixava um vazio no cenário musical, que jamais será preenchido.

Um comentário:

Rubyane | Epílogo em Branco disse...

Falou tudo! Não sou da época do Nirvana, eu nem tinha nascido, mas hoje em dia eu ouço as músicas deles. Kurt É O cara.